A propaganda brasileira: um espelho do nosso tempo
A propaganda no Brasil é, há décadas, um reflexo da nossa cultura, dos nossos sonhos e da forma como nos enxergamos como sociedade.
O episódio do Globo Repórter (exibido em 10/10/2025) trouxe de volta campanhas que marcaram gerações e se tornaram parte da memória afetiva nacional, desde os jingles e bordões inesquecíveis até as histórias que uniram humor, emoção e propósito.
Entre os destaques:
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O comercial do telefone em Rifaina (anos 1970) — um retrato simples e verdadeiro do interior brasileiro, que mostrou o poder da publicidade em conectar pessoas reais a transformações sociais.
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A campanha dos Mamíferos (anos 1990) — crianças vestidas de animais cantando “O leite é o melhor amigo do homem”, mostrando como música e afeto criam vínculo emocional.
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O bordão “Fernandinho” — que virou parte do vocabulário popular, provando que boas ideias transcendem o comercial e entram na cultura.
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Sebastian, o ícone da diversidade — ator e dançarino que ganhou destaque nacional como protagonista de uma grande marca, representando inclusão e autenticidade muito antes de o mercado falar sobre isso.
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Renato Teixeira e Luiz Carlos Sá, artistas que relembram como jingles não eram apenas trilhas, eram pontes entre arte e consumo, entre emoção e lembrança.
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O futuro: a TV 3.0 (DTV+), apontando para uma nova era da comunicação, em que o público interage, escolhe e cria junto com as marcas.
O que essas histórias ensinam sobre Branding
A propaganda brasileira foi, e ainda é, uma grande escola para o BRANDING.
Ela ensina que MARCAS fortes são aquelas que sabem quem são, falam com verdade e conseguem emocionar.
Aqui estão algumas lições atemporais:
Slogans não morrem, eles evoluem.
Um bom bordão se torna parte da linguagem popular. Ele não vende apenas um produto; cria uma identidade.
A música é emoção em movimento.
Jingles e trilhas geram memória afetiva. As pessoas esquecem o produto, mas lembram da sensação que ele provocou.
Representatividade gera relevância.
Marcas que refletem o público, em seus rostos, vozes e histórias, se tornam parte da vida real das pessoas.
História e inovação caminham juntas.
Entender o passado é essencial para inovar. As marcas que se reinventam são aquelas que honram sua essência, mas adaptam sua forma de se comunicar.
Branding é ritmo.
Assim como na música, marcas fortes têm cadência, sabem quando falar, quando ouvir e quando surpreender.
Do passado ao presente: o ELO da comunicação
O que torna a propaganda brasileira tão marcante é o equilíbrio entre emoção, raciocínio e movimento.
E é justamente nesse equilíbrio que está a base do BRANDING atual.
Por trás de cada campanha que ficou na história, havia três forças invisíveis:
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Essência – a verdade da MARCA, aquilo que a torna única.
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Lógica – a estratégia e o raciocínio que direcionam cada decisão.
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Onda – o movimento, a energia e a forma como a mensagem alcança as pessoas.
Esses três elementos estão presentes em toda comunicação relevante, do rádio às redes sociais.
São eles que transformam campanhas em legado e MARCAS em ícones.
O passado ensina o presente
A história da propaganda brasileira é, na verdade, uma aula sobre como as marcas aprendem a se mover.
Cada jingle, cada bordão e cada personagem marcaram uma época porque tinham algo em comum: essência, lógica e onda.
A essência dava propósito.
A lógica dava forma.
E a onda fazia tudo ganhar vida diante das pessoas.
É isso que diferencia campanhas passageiras de MARCAS eternas.
E é justamente esse movimento que nós, na UP!deias, acreditamos ser o coração do BRANDING moderno.
Nosso trabalho parte do mesmo princípio que construiu os clássicos da propaganda: entender o que faz as pessoas se conectarem, não só com um produto, mas com uma história.
Porque, no fim, marcas que sabem quem são, entendem sua lógica e criam sua própria onda, nunca saem de cena.
Fontes